Política

Eli e Elói não comparecem a debate e viram alvos dos candidatos a prefeito

A seis dias das eleições a prefeito, a Câmara Municipal promoveu na tarde desta segunda-feira, 26, o debate entre os candidatos de Guarulhos, porém Elói Pietá (PT), Eli Corrêa Filho (DEM), Miguel Martello (PSD) e Jorge Wilson (PRB) não compareceram. O embate entre os participantes se restrigiu a poucas propostas e mais sobre o histórico político de cada um deles – Carlos Roberto (PSDB), Edson Albertão (PSOL), Gustavo Guti (PSB), Néfi Tales Filho (PPL) e Wagner Freitas (PTB). 
 
 
"É impressionante o escárnio que a gente tem na política atual da nossa cidade. Tudo o que foi prometido em 2012 estamos aí em compulsão e não se terminou absolutamente nada. É importante nós falarmos aqui quem foi o responsável por essa educação e gestão tão deprimente. Hoje, ele é candidato a vice-prefeito. É uma incompetência e pensam ainda que podem levar Guarulhos novamente", disse Carlos Roberto sobre a atual gestão da Educação na cidade.
 
 
Já Néfi Tales Filho abordou a forma com que o PT administrou a cidade de Guarulhos nos últimos 16 anos, por meio dos prefeitos Elói Pietá, que está nesta disputa, e o atual Sebastião Almeida. Ele criticou a maneira com que esses gestores lidavam com políticas para os jovens e o fomento de trabalho no município.
 
 
"A incompetência dessa administração do PT é enorme. Nós temos visto por aí, eu tenho andado, e percebo que a saúde é uma calamidade pública. O que está acontecendo na nossa cidade é uma má gestão do dinheiro público. Hoje os nossos jovens sequer têm condições de ter um emprego por que não tem incentivo na nossa cidade. A prefeitura não aplica e muito menos conversa com o empresariado para que isso ocorra", falou Néfi.
 
 
O ex-vereador e ex-petista Edson Albertão (PSOL) sugeriu que a melhoria na prestação de serviço de transporte público passa por uma profunda reformulação no atual sistema ofertado a população. O candidato condenou o modelo adotado por Almeida e o atual secretário Atílio Pereira, que prioriza os chamados pontos "troncos" ou terminais alimentadores, além de afirmar que existe atos administrativos criminosos nesta área no município. 
 
 
"Essa situação de terminais é muito ruim, por que o certo é você ter radiais e a tarifa única. A gente tem que ter VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Urbanistas dizem que é necessário ter esse tipo de acomodação. Você tem que fazer com haja um transporte coletivo maior e melhor. Existe aqui em Guarulhos uma máfia que comanda o transporte coletivo. Essa máfia frauda as planilhas de cálculo", sugeriu Albertão.
 
 
Secretário de Esportes em toda gestão Sebastião Almeida, Wagner Freitas (PTB) pouco falou sobre os motivos que acarretaram diversos problemas estruturais para implantação de políticas públicas para o desenvolvimento das práticas esportivas na cidade. Ele preferiu atacar os adversários e a ressaltar que Guarulhos supera a prática do chamado modelo da "velha política", além de não apresentar propostas efetivas para os problemas, que não revelou, e diz ter a cidade.
 
 
"Eu fico entristecido por não ter uma pergunta que trate dos problemas que a cidade possui, que são muitos. É uma pergunta política. O que dizer de um ex-petista que toda vida defendeu e fez tantas críticas e votou tantas vezes com conivência. Esse é o momento em que possamos refletir quem tem conteúdo, experiência e competência para administrar a cidade. Guarulhos é muito maior que a disputa política", falou Wagner Freitas em referência a uma pergunta feito por Albertão.
 
 
E por fim, o pessebista Guti entende que para iniciar um processo de mudança na administração das políticas públicas voltadas para a saúde é necessário criar mecanismos que possam utilizar de forma mais proveitosa os equipamentos que já existem na cidade, inclusive as UPAs do Jardim Paulista e Cumbica. Em função da crise financeira que atravessa a cidade, ele descartou fazer qualquer tipo de investimento em obras para qualquer setor.
 
 
"Em todos os setores, o próximo prefeito de Guarulhos tem que ter o compromisso de fazer funcionar o que tem. Nós temos muitos aparelhos de saúde. Temos um Hospital Pimentas / Bonsucesso, que olhando por fora é um hospital maravilhoso, mas basta entrar para sentir a necessidade de médicos. Faltam um pouco mais de 100 médicos. Não podemos prometer obras públicas", finalizou Guti.
 
Em diversos momentos, tanto Carlos Roberto como Guti fizeram severas críticas contra Pietá e Eli Correa Filho, que não compareceram. “É um desrespeito deles com esta Casa e com a população”, disse o tucano. Guti, por duas vezes, sugeriu que iria fazer perguntas para Elói e para Eli. Em seguida, criticou a ausência dos dois. 
 

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