Pela primeira vez em 15 anos, a peregrinação do professor de Educação Física Vagner Alves, de 44 anos, até o Santuário Nacional de Aparecida, no dia 12 de outubro, foi diferente: ele trocou carro e ônibus pelos seus próprios pés.
Em celebração aos 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, Alves saiu de Paraisópolis (MG) e caminhou 135 quilômetros durante cinco dias até o Santuário no interior de São Paulo. Ao chegar à Basílica, por volta das 9 horas da quinta-feira, 12, acendeu uma vela para oficializar o fim de um ritual que teve início há três meses, na França.
No dia 12 de junho, Alves começou o que batizou de Caminho de Mariano, em referência às Marias: o percurso começou em Lourdes (França), passou por Santiago de Compostela (Espanha) e Fátima (Portugal), até chegar a Aparecida.
O trajeto incluiu um trecho de 800 quilômetros que o professor fez a pé, durante 31 dias. “A vela que usei em uma procissão belíssima em Fátima eu trouxe na mochila e acendi aqui na Basílica para selar o fim do caminho. Para mim, foi um caminho de gratidão”, diz.
O professor conta que o roteiro foi planejado no ano passado para celebrar o centenário de Nossa Senhora de Fátima e o tricentenário de Nossa Senhora Aparecida, ambos comemorados em 2017.
A devoção de Alves à Padroeira do Brasil teve início em 2001, quando o professor ficou internado durante quatro dias após uma infecção intestinal. Havia a suspeita de câncer. “Como sou de família católica e sempre fui religioso, prometi que se não fosse câncer eu viria a Aparecida todos os anos no dia 12 de outubro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.