Pouco agressivo, mas também sem correr riscos, o Internacional não saiu do 0 a 0 no jogo de ida da terceira fase preliminar da Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, o time segurou a igualdade com o Tolima, na Colômbia, e agora decidirá a sua classificação à etapa de grupos no Beira-Rio.
O cenário é parecido ao da série anterior do Inter na Libertadores. O time ficou no 0 a 0 com a Universidad de Chile no primeiro duelo, em Santiago, e depois venceu por 2 a 0 em Porto Alegre. Agora, na próxima quarta-feira precisará conquistar novo triunfo para entrar no Grupo E, que já conta com América de Cali, Grêmio e Universidad Católica.
Pela postura em campo dos jogadores e pelas decisões do técnico Eduardo Coudet, o Inter pareceu satisfeito em voltar da Colômbia com o empate, mesmo encarando um adversário que pouco deu trabalho para a sua defesa. No ataque, a aposta na velocidade, com a escalação de Marcos Guilherme, não foi muito efetiva e ainda deixou o time sem criatividade.
Foi assim, o sétimo brasileiro a jogar em Ibagué com o Tolima e apenas o segundo a empatar – os outros cinco perderam para o time colombiano. Agora, então, o Inter confia em sua força no Beira-Rio para avançar na Libertadores.
O JOGO – O Inter entrou em campo com uma formação diferente da usual, especialmente pela decisão de Coudet de deixar DAlessandro no banco, promovendo a entrada de Marcos Guilherme. Além disso, Uendel foi escalado na lateral esquerda por causa de lesão de Moisés. E Musto, mesmo após ser expulso no Gre-Nal, foi mantido na formação pelo técnico, assim como Bruno Fuchs, que havia sido a surpresa na escalação no clássico e nesta quarta impediu a derrota ao fazer um desarme dentro da grande área na etapa final.
Nos minutos iniciais, o Inter dominou e assustou o Tolima, tendo duas oportunidades de gol, em uma finalização de Boschilia após tabela com Edenílson e também em um cabeceio de Guerrero. Mas praticamente ficou nisso, pois o time era pouco agressivo na marcação, deixando os defensores do Tolima confortáveis, além de lhe faltar criatividade na organização das jogadas.
A equipe colombiana não fazia muito melhor. Em alguns momentos, tentou, mas não conseguiu aproveitar a insegurança de Cuesta na zaga nos minutos iniciais. O time buscava avançar em jogadas pelas laterais, especialmente em cima de Rodinei. Mas só foi criar sua chance de gol nos acréscimos. Aos 46 minutos, Campaz invadiu a área pela esquerda, se livrou da marcação e chutou. Lomba se esticou todo para fazer a defesa.
O nível técnico do jogo não melhorou muito no segundo tempo. O Inter, sem correr muitos riscos na defesa, intercalava trocas de passes sem agressividade com ligações diretas para tentar chegar ao ataque, mas quase sempre sem êxito. Satisfeito com o empate, Coudet só promoveu uma alteração no time, com a entrada de DAlessandro. Mas a produção da equipe não melhorou.
O Tolima também tinha dificuldades na criação. E a não ser por uma jogada em que Bruno Fuchs fez um corte providencial, mal conseguiu assustar a equipe gaúcha. Nos minutos finais, ainda ameaçou uma pressão, mas Marcelo Lomba e os defensores exibiram segurança. Boschilia, em chute de longe, deu trabalho a Montero. Assim, não tinha mesmo como a partida terminar com outro placar que não o 0 a 0.
FICHA TÉCNICA
TOLIMA 0 X 0 INTERNACIONAL
TOLIMA – Montero; Castrillón, Quiñónes, Moya e Banguero; Gordillo, Robles, Campaz, Albornoz (Cataño) e Estupiñan (Miranda); Rodriguez (Rojas). Técnico: Hernan Torres.
INTERNACIONAL – Marcelo Lomba; Rodinei, Bruno Fuchs, Víctor Cuesta e Uendel; Musto, Edenilson, Rodrigo Lindoso, Gabriel Boschilia e Marcos Guilherme (DAlessandro); Paolo Guerrero. Técnico: Eduardo Coudet.
ÁRBITRO – Roberto Tobar (Chile).
CARTÕES AMARELOS – Gordillo (Tolima); Cuesta e Bruno Fuchs (Internacional).
RENDA – Não divulgada.
PÚBLICO – 21.960 torcedores.
LOCAL – Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué (Colômbia).