Um grupo de 60 pessoas protestou neste domingo, 23, contra a morte do jovem Marcos Vinicius, de 19 anos, que foi assassinado há sete dias no Parque do Ibirapuera. Representantes de movimentos LGBT bloquearam o portão 3 do parque, antigo local do Autorama, o que causou congestionamento no acesso do local.
Carregando velas e cartazes, os manifestantes pediram Justiça e investigação na morte do jovem, que foi assassinado a facadas na manhã de 16 de novembro. Ele chegou a ser socorrido por policiais militares, mas morreu no hospital depois da agressão. A policia suspeita que o crime tenha sido motivado por homofobia.
“A Prefeitura é a grande culpada pela morte do Marcos porque fechou o Autorama, espaço ocupado pela população LGBT. Nunca presenciei violência neste local quando todos os gays vinham para cá. A violência começou quando fecharam nosso espaço de convivência”, disse Bill Santos, um dos organizadores da manifestação.
O grupo fechou o acesso do parque no portão 3 por pelo menos duas horas. Houve congestionamento de três quilômetros na Avenida Pedro Álvares Cabral, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Motoristas que tentavam entrar para assistir a um show, marcado para as 18h, se irritaram com o protesto e discutiram com os manifestantes. “Eu não sou culpada pela morte desse menino. Eu só quero entrar no parque. Ninguém manda vir no parque à noite. É isso o que acontece”, disse Geni Franca, moradora do bairro Santo Amaro.
Gerson Cardoso, personal trainer, tentou furar a barreira e foi agredido pelo grupo, que cercou o veículo. “Respeite nossa manifestação e nosso luto. Não vamos deixar você passar”, disse Rafael Machado, amigo da vítima. “Não tenho nada contra os gays, mas minha mãe esta dentro do parque, preciso buscá-la”, reclamou.