Os juros futuros de médio prazo fecharam a sessão regular desta segunda-feira, 18, quase estáveis, os vencimentos curtos encerraram com viés de baixa e os longos, de alta. Sem novidades no noticiário em torno da reforma da Previdência, ou mesmo no cenário eleitoral, o mercado olhou mais para o quadro internacional, embora as taxas, de modo geral, tenham oscilado bem modestamente ao longo do dia. A liquidez também foi abaixo do padrão.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,92%, de 6,94% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2020 fechou estável em 8,27%, enquanto a taxa para janeiro de 2021 passou de 9,29% para 9,30%. O DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 10,29%, de 10,26%.
“O que temos hoje é o exterior, com as bolsas animadas e a curva lá fora abrindo um pouco, na expectativa do acordo entre Câmara e Senado dos EUA sobre a reforma tributária”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo. “No noticiário aqui, não tivemos nada. O IBC-Br veio mais alto, mas nada que surpreendesse”, complementou.
Na sexta-feira, os líderes republicanos no Congresso dos Estados Unidos apresentaram o texto final da lei que pretende diminuir sensivelmente os tributos no país. Apesar da resistência da oposição democrata no Congresso dos EUA, é esperado que o tema seja votado e aprovado até o meio da semana, o que estimula a busca por ativos de risco. Nesse sentido, o rendimento dos Treasuries avança, com a T-Note de dez anos projetando 2,387%, de 2,347% no fim da tarde de sexta-feira. Já declarações mais dovish (menos inclinada ao aperto monetário) de dirigentes do Federal Reserve nesta segunda-feira produzem alívio no dólar, que está em queda generalizada. Ante o real, era negociado em R$ 3,2978 (-0,28%) no segmento à vista, às 16h24.
As taxas curtas oscilaram em leve baixa, em linha com a percepção otimista sobre o cenário inflacionário a ser trazido pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e pelo IPCA-15 de dezembro na quinta-feira.