Economia

Emprego na construção cai em outubro, diz Sinduscon-SP

O número de pessoas empregadas no setor da construção civil no País ficou em 3,489 milhões em outubro, de acordo com levantamento feito pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O montante registrado corresponde a uma queda de 1,09% na comparação com setembro deste ano, ou 38,472 mil vagas a menos, e queda de 2,23% em relação ao mesmo mês de 2013. Conforme a pesquisa, o número de vagas no setor recuou em todas as regiões do País. Em termos absolutos, o recuo foi maior no Sudeste, onde houve uma diminuição de 11.877 no número de trabalhadores (-0,69%), mas em termos porcentuais, a queda foi maior no Norte, com -2,42%, ou 5.759 vagas a menos.

No acumulado do ano, o número de trabalhadores empregados na construção aumentou 0,15% frente aos mesmos meses do ano passado. Nesse período, foram criadas 5,1 mil vagas, número resultante do saldo de contratações menos demissões.

A coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, salientou no acumulado do ano a levemente alta ocorre em função do segmento de infraestrutura. “O segmento de infraestrutura conseguiu segurar, embora nos últimos meses também tenha começado a desacelerar”, comentou.

A entidade estima que o setor da construção encerrará o ano com queda de 0,3%, puxado pela queda do segmento imobiliário, de 1,5%.

Projeção

O desempenho da indústria da construção deve se manter estável em 2015 na comparação com 2014, segundo estimativa do Sinduscon-SP. De acordo com a entidade, os fatores positivos para o setor na política econômica em 2015 devem ser contrabalanceados por outros fatores negativos. Por um lado, o setor espera que o governo busque a recuperação da confiança dos investidores, o controle da inflação, o impulso às obras de infraestrutura e a contratação de mais 350 mil unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida no primeiro semestre. Por outro lado, a expectativa é de que o mercado imobiliário seguirá em fase de ajuste, e que a renda e o consumo das famílias cresçam menos, e as contratações de obras relacionadas a novos investimentos ocorram com mais intensidade somente a partir do segundo semestre.

Com isso, a entidade projeta um crescimento zero no valor agregado das construtoras em 2015, ante 2014, com queda de 2% no emprego da na indústria, na mesma comparação. Além disso, a produção de insumos do setor deve recuar 1,5%, com queda também no comércio dos materiais.

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