A empresa Capuche, citada na delação de Mônica Moura como intermediária do recebimento de propina do ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire (ex-PPB), disse que até o momento não conhece “oficialmente os termos das declarações”.
“Estamos à disposição da Justiça para colaborar no que for necessário, mas até o momento não conhecemos oficialmente os termos das declarações”, disse a empresa.
Segundo Mônica Moura, o ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire pagou valores de caixa 2 de sua campanha eleitoral, em 2002, com “salas comerciais”.
Os imóveis, segundo a delatora, pertenciam à Capuche, empresa controlada por um amigo de Fernando Freire.
Freire foi vice-governador na gestão de Garibaldi Alves Filho em 1994 e 1998. Em 2002, ele assumiu o cargo de governador quando Alves Filho renunciou para se candidatar ao Senado. Em 2015, Fernando Freire foi preso na orla de Copacabana, na zona sul do Rio. Condenado por desviar recursos públicos, ele tinha quatro mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e era considerado foragido desde 2014.
O advogado Flaviano Fernandes, do ex-governador Fernando Freire, disse que a defesa vai adotar “apenas a descrição de nos manifestarmos nos autos se existirem autos que venham apurar esse fato, visto que já se encontram prescritos – faz 15 anos”.