Estadão

Empresa de cosméticos Coty suspende IPO no Brasil até fevereiro de 2022

A francesa Coty decidiu suspender a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade brasileira, ao menos até fevereiro de 2022. A operação poderia movimentar, segundo fontes, mais de R$ 1 bilhão, mas não resistiu à piora do mercado nas últimas semanas, que fechou a janela para ofertas iniciais de ações desde meados de agosto.

A Coty, dona de marcas de perfumes e cosméticos de luxo como Gucci e Burberry, no Brasil tem marcas mais tradicionais, como Monange, Cenoura & Bronze e Bozzano, vindas da compra da então Hypermarcas (agora Hypera), anunciada em 2015.

Em agosto, a gigante francesa anunciou a intenção de fazer o IPO da sua operação no Brasil. Naquele mês, entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em operação coordenada por Bank of America Merrill Lynch, Itaú BBA e Santander.

Os recursos da operação seriam utilizados para expansão da área digital, com aceleração do e-commerce. Outro projeto era o desenvolvimento de produtos e marketing das categorias de beleza e cuidados pessoais.

Os planos não foram abandonados, segundo uma fonte, na medida em que a intenção é voltar com o IPO se as condições de mercado estiverem melhores no começo de 2022. Até agora, 67 IPOs já foram cancelados ou suspensos este ano.

No primeiro semestre de 2021 a Coty registrou receita líquida de R$ 604,5 milhões, com crescimento de 15,2% sobre o mesmo período de 2020. O lucro líquido fechou em R$ 80,7 milhões, um aumento de R$ 23,4 milhões ante o primeiro semestre de 2020.

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