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Caboclo pode ser afastado por mais 20 meses da CBF após denúncia de assédio moral

A Comissão de Ética da CBF decidiu recomendar nova punição, desta vez de 20 meses de suspensão, contra o presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo. O colegiado se reuniu nesta sexta-feira para analisar uma denúncia de assédio moral apresentada pelo diretor de Tecnologia da Informação (TI) da entidade, Fernando França. Se o novo parecer for acatado pela Assembleia Geral da CBF, Caboclo será definitivamente afastado e uma nova eleição terá de ser convocada.

Rogério Caboclo está afastado do comando da CBF desde junho, quando uma funcionária protocolou denúncia acusando o cartola de assédios moral e sexual. Em setembro, a Comissão de Ética da entidade considerou o dirigente culpado e aplicou suspensão de 21 meses, pena que foi referendada de forma unânime pela Assembleia Geral no fim daquele mês.

A punição aplicada à época terminará apenas em março de 2023, a menos de um mês do fim do mandato. Mas, caso a nova sanção seja confirmada pela Assembleia Geral, o cargo de presidente da CBF ficará oficialmente vago, uma vez que a pena extrapola – e muito – o prazo previsto para Rogério Caboclo. Neste caso, uma eleição será convocada.

A CBF está sendo presidida de forma interina por Ednaldo Rodrigues, um dos oito vice-presidentes eleitos da entidade. Na hipótese de haver uma nova eleição, ela seria disputada apenas entre os oito e com o término do mandato previsto para abril de 2023.

Rogério Caboclo ainda não se manifestou sobre a nova decisão. Ele sempre negou as acusações de assédio contra a funcionária, mas admitiu em entrevista ao Estadão o uso do que chamou de "palavras chulas".

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