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EMTU ´esquece´ de fazer 6 km de faixas no novo Corredor em Guarulhos

Não bastasse o atraso de mais de seis meses do prazo prometido para a entrega,  o Corredor Metropolitano Guarulhos – São Paulo, entre o Cecap e a Vila Galvão, deve ser inaugurado sem 6 quilômetros de faixa exclusiva para circulação dos ônibus. Tanto a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), responsável pela obra, como a Prefeitura de Guarulhos não revelam os motivos para o trecho – compreendido entre a avenida Guarulhos e a praça IV Centenário – não ter recebido as canaletas de concreto para receber os ônibus. 
 
A reportagem do GuarulhosWeb percorreu o trecho de 3 quilômetros localizado desde a avenida Guarulhos, no cruzamento com a Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco,  até a Antônio de Souza, nas proximidades da praça IV Centenário, e pôde constatar a ausência da faixa exclusiva para tráfego de ônibus. Em todo este trecho também não existem paradas ou plataformas para embarque ou desembarque de passageiros. Como deveria haver pistas exclusivas dos dois lados, o total de obra não realizada é de 6 km. 
 
O trecho “esquecido” é o mais próximo ao Centro da cidade e inclui passagens por cruzamentos bastante movimentados, como o da avenida Tiradentes com a praça IV Centenário. Os locais que deixaram de receber as faixas exclusivas também são os mais estreitos do chamado “Anel Viário”. Se houver  a segregação de uma pista para os ônibus, restará apenas uma faixa de rolamento para todos os demais veículos. Segundo o GuarulhosWeb apurou, este seria o principal problema para a continuidade da obra. 
 
Para complicar mais ainda a situação, se as obras vierem a ser realizadas depois que o Corredor estiver inaugurado, não haverá espaço suficiente para abrigar tanto os veículos comuns como os ônibus maiores que foram prometidos para serem usados pela EMTU. 
 
Com entrega prevista para dezembro do último ano, o Corredor Metropolitano Guarulhos – São Paulo não possui data prevista para inauguração ainda. Também foi possível detectar que ao longo dos 12,3 quilômetros do empreendimento, existem pontos em que a via deixou de ser concretada e recebeu o asfalto comum.
 
Durante a sua construção, o equipamento foi alvo de críticas, principalmente pelo impasse existente entre a Prefeitura e o Governo do Estado, que desembolsou aproximadamente R$ 130 milhões na obra. O desentendimento sobre as responsabilidades das demandas existentes causaram o atraso de quase 6 meses do prazo proposto para sua entrega, que estava programada para o dia 12 de dezembro de 2014. 
 
No entanto, questionada sobre o trecho sem a faixa exclusiva, a Prefeitura declarou que as informações são de atribuição da EMTU, que por sua vez também transferiu a responsabilidade à administração municipal. Entretanto, nesse jogo de empurra, cerca de 60 mil usuários estão sem a possibilidade projetada de reduzir o seu tempo de viagem em até 20%.
 

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