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Enade deve entrar no histórico do estudante

A nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) deve passar a ser incluída no histórico escolar dos universitários. Embora os alunos já sejam obrigados a fazer a prova, o desempenho não tem nenhuma aplicação prática para o estudante. A nota no exame, no entanto, é o principal fator no cálculo dos indicadores de qualidade das instituições de ensino privadas.

A informação de que o Ministério da Educação (MEC) estuda usar a nota dos estudantes foi apresentada ontem no Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular. Em dezembro do ano passado, o MEC já havia informado que a nota dos estudantes seria utilizada como quesito de admissão em cursos de pós-graduação. Apesar de já anunciadas, as mudanças ainda não têm prazo para serem colocadas em prática.

“Passou da hora de o ministério adotar esse procedimento e responsabilizar o aluno pela sua nota em prova. É do conhecimento de todos que os alunos boicotam o teste, entregam em branco. Não dá para a avaliação de uma instituição ficar nas mãos de um exame feito sem comprometimento pelo estudante”, disse Sólon Caldas, diretor executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.

A nota dos alunos no Enade compõe 60% do Conceito Preliminar do Curso (CPC), indicador de qualidade que é usado para a regulação das instituições de ensino. Os outros 40% são avaliados pela composição do corpo docente e a estrutura oferecida.

“Essa estrutura atual prejudica a instituição e a sociedade, pois é por intermédio dessa nota que uma faculdade pode ficar inabilitada para oferecer vagas no Fies (Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos).”

Mudanças

O MEC também já havia anunciado em dezembro que o exame será digital e anual para todas as instituições e cursos. Atualmente, a prova é feita todos os anos por um grupo de áreas do conhecimento que se repete a cada três anos. Concluintes de algumas áreas poderão fazer a prova online já a partir de 2016.

“Essa mudança também é muito positiva porque, se a instituição ia mal em uma área, ela tinha de esperar três anos para corrigir essa má avaliação”, afirmou Caldas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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