O técnico Enderson Moreira vai aproveitar os três jogos que restam no Campeonato Brasileiro para fazer alguns testes e dar oportunidade a jogadores que vinham sendo pouco aproveitados no Santos. No empate com o Atlético-PR, na noite quarta-feira, em Curitiba, ele escalou o time com quatro jogadores no meio – Alison, Arouca, Souza e Lucas Lima – e dois atacantes – Robinho e Leandro Damião. Mas deve mudar novamente.
No clássico com o São Paulo, domingo, na Arena Pantanal, em Cuiabá, o treinador do Santos deve fazer uma nova experiência tática, armando o setor defensivo com três zagueiros: Edu Dracena, Neto e Gustavo Henrique – este último está voltando agora, recuperado da grave lesão no joelho que sofreu em fevereiro. “Vamos agregar valores para aquilo que podemos trabalhar na próxima temporada”, disse Enderson Moreira, ao justificar os testes.
Com contrato até 31 de dezembro de 2015, ele fala como se tivesse certeza da sua permanência no cargo, mas ainda não foi procurado por nenhum dos cinco candidatos a presidente na eleição do Santos, que acontecerá no dia 6 de dezembro, para falar sobre o seu futuro no clube.
O resultado em Curitiba representou o oitavo jogo seguido sem vitória do Santos – são cinco derrotas e três empates -, mas não trouxe qualquer consequência no clima de férias que tomou conta do clube após a desclassificação na semifinal da Copa do Brasil. Nos últimos dias, os dirigentes sumiram do CT Rei Pelé, até mesmo para não serem cobrados pelos atrasos no pagamento de salários e direito de imagem.
Apesar de ainda não ter completado três meses de clube, Enderson Moreira tem pronta a avaliação dos 40 jogadores com os quais vem trabalhando e gostaria de começar agora a discutir a montagem do elenco para 2015, com dispensas, empréstimos e duas ou três contratações pontuais. Ele suspeita que o atacante Robinho, com sondagens do exterior, não vai ficar no Santos no próximo ano e precisa pensar na reposição com antecedência.
“Mesmo que eu não fique, é a minha obrigação tratar desses assuntos desde já”, avisou o treinador, mostrando um certo desânimo pelo desinteresse da direção de começar a cuidar desde já do Santos para 2015. “Como não brigamos por mais nada, poderíamos sair na frente dos outros grandes.”