O Equador caminha para ser a grande decepção da Copa América no Brasil. Depois de abrir 2 a 0 diante do Peru, no Estádio Olímpico de Goiânia, o terceiro colocado das Eliminatórias Sul-Americanas voltou desligado do intervalo, cedeu o empate e pode ser eliminado na primeira fase após um frustrante 2 a 2.
Restando uma rodada para o fim, o Equador soma os mesmos dois pontos que a Venezuela e hoje se garantiria no saldo de gols. Tem um negativo diante de menos três dos venezuelanos. O problema são os adversários da última jornada. Enquanto encara o embalado Brasil, a Venezuela desafia os peruanos, que vão necessitar somente de um empate.
Para não ficar pelo caminho numa disputa com quatro classificados às quartas de final de um grupo de cinco integrantes, teria de surpreender a seleção de Tite e ainda torcer pelo Peru. Recentemente, os equatorianos levaram 2 a 0 dos brasileiros, vale ressaltar.
Equador e Peru entraram em campo de olho nas quartas de final da Copa América. Vitória garantia os peruanos e até um empate não era considerado ruim. Já os equatorianos necessitavam de pontos para deixar a lanterna e queriam vencer para não chegar no fim de semana com obrigação de ganhar do Brasil, já garantido.
Mais "pressionando" por não repetir nos estádios brasileiros a mesma boa campanha das Eliminatórias, onde se encontra no terceiro lugar, o Equador foi quem tomou as ações do jogo no primeiro tempo. Sempre com Franco, do Atlético-MG, levando perigo.
A bola sempre parecia encontrar os pés do meia-atacante. Ele ditava o ritmo. Enquanto sua seleção acelerava as jogadas, o Peru atuava em ritmo sonolento, com o técnico Ricardo Gareca obrigado a tirar a máscara de proteção a todo momento para pedir calma e mais disposição à equipe.
De nada adiantou as broncas e recomendações do treinador. Era jogo de um time só. De tanto insistir, o Equador abriu o placar com gol contra de Tapia. Não desviasse contra as próprias redes e Franco abriria o marcador.
No último minuto antes do intervalo, falta em Franco. O cruzamento encontrou Preciado, que aproveitou a furada bisonha do defensor e ampliou, deixando o Equador com ótima vantagem no placar.
A bronca de Gareca não valeu em campo, mas no vestiário deu muito certo. No retorno para a segunda etapa, sua equipe voltou acesa. Destaque para Lapadula, que diminuiu com passe de Cueva e depois serviu Carrillo para empatar. Arboleda escorregou no lance do segundo gol, no qual acabou driblado.
O jogo ficou quente. Num mesmo lance o Equador reclamou um pênalti e o Peru pediu expulsão de um oponente após entrada dura. Nem um, nem outro.
Somente após sofrer o empate que o Equador despertou na segunda etapa. Mais na base da garra que da qualidade. Com um amontoado de jogadores na frente, foram chuveirinhos e chutes de todo lado. Sem precisão ou eficácia. Pouco ameaçou e ainda escapou da derrota, no fim, graças a bela defesa de seu goleiro.
FICHA TÉCNICA:
EQUADOR 2 x 2 PERU
EQUADOR – Hernan Galindez; Angelo Preciado, Robert Arboleda, Piero Hincapié, Pervis Estupiñán; Franco Palma (Jordy Caicedo), Sebastián Méndez (Cristhian Noboa), Moisés Caicedo, Ayrton Preciado (Fidel Martínez); Damián Díaz (Ángel Mena), Leonardo Campana (Michael Estrada). Técnico: Gustavo Alfaro.
PERU – Pedro Gallese; Aldo Corzo, Christian Ramos, Alexander Callens, Miguel Trauco; André Carrillo, Renato Tapia, Sergio Peña (Wilder Cartagena), Yoshimar Yotún (Luis Ibérico), Christian Cueva (Miguel Araujo); Gianluca Lapadula (Santiago Ormeño). Técnico: Ricardo Gareca.
GOLS – Renato Tapia (contra), aos 23, Ayrton Preciado, aos 48 minutos do primeiro tempo. Gianluca Lapadula, aos 4, e André Carrillo, aos 9 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Piero Hincapié e Christian Ramos.
ÁRBITRO – Jesús Gil Manzano (Espanha).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Olímpico, em Goiânia (GO).