A Espaçolaser, maior rede de clínicas de depilação do País, lançou ontem sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que poderá movimentar cerca de R$ 3 bilhões, a depender da demanda pelos papéis e por quanto a ação será vendida aos investidores. Se a operação se efetivar, a empresa estreará na B3 no dia 1.º de fevereiro.
A rede tem 554 lojas e uma receita líquida anual na casa de R$ 650 milhões. Nos nove primeiros meses de 2020, a empresa registrou um prejuízo líquido de cerca de R$ 65 milhões, mediante o efeito da pandemia, que deixou parte das lojas fechadas, por conta da quarentena. Em 2019, o lucro líquido registrado foi de R$ 65,4 milhões.
Fundada há 16 anos, a empresa diz que, ao longo de sua trajetória, conquistou uma base de 3,6 milhões de clientes.
Segundo a companhia, o mercado de depilação no Brasil gira R$36 bilhões por ano, considerando os números de 2019, mas o espaço de crescimento ainda é grande. Isso porque o mercado de depilação a laser ainda é pouco difundido, atingindo apenas 4,9% da população brasileira. "A penetração em outros países (…) como Estados Unidos e Espanha, corresponde a, aproximadamente, 20% e 50%, respectivamente, evidenciando assim um grande potencial de crescimento deste mercado no País", destaca a Espaçolaser no prospecto do IPO disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Do total da oferta, a empresa poderá colocar em seu caixa R$ 1,3 bilhão, recursos que poderão ser utilizados para expansão e compra de dez sociedades franqueadas, ainda de acordo com informações que constam no documento. O restante dos recursos irá para atuais acionistas, que querem vender ações na oferta.
<b>Aquecido</b>
O começo do ano está aquecido para as ofertas de ações na Bolsa brasileira. Ao longo desta semana diversas empresas lançaram suas ofertas, como a companhia do setor de energia Focus; a Mosaico, dona do site Buscapé; a loja de móveis online Mobly; e a empresa de segurança eletrônica Intelbrás. Para a próxima semana é esperado o lançamento do IPO da subsidiária de mineração da CSN, uma das ofertas mais aguardadas do ano.
O movimento é uma continuação do interesse observado no ano passado, quando 28 empresas se tornaram públicas abrindo o capital na B3. O volume das ofertas, considerando também as emissões de empresas já listadas, somou cerca de R$ 110 bilhões. Para 2021, bancos de investimento esperam novo recorde.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>