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ESPAÇO AAPAH – Sítio da Candinha e o ouro

A casa grande da Fazenda Bananal, ao que as pesquisas atuais indicam, tem sua história ligada à questão da extração de ouro. Em documentos e relatos populares, há evidências de relação entre a mineração aurífera e a mão de obra escrava.
 
Essa particularidade não aconteceu somente na Fazenda Bananal. Em diversos locais de Guarulhos a mineração ocorreu cedo, sendo parte importante na história do Brasil. Para melhor compreensão, é preciso recuar no tempo, praticamente à fundação de São Paulo, para o entendimento sobre uma das probabilidades da fundação de Guarulhos.
 
Como é de conhecimento geral, a colonização do Brasil teve como um dos elementos propulsores a busca do ouro. Entre os portugueses havia os que dominavam as técnicas de mineração. Um dos pioneiros é o conhecido e largamente documentado Afonso Sardinha, que encontrou ouro na Serra do Jaguamingaba, atual Mantiqueira e/ou Cantareira e outros lugares em São Paulo.
 
Outro Sardinha, Geraldo Correia Sardinha, comunicou, talvez tardiamente, ter descoberto ouro em Guarulhos no ano de 1612, no ribeirão Maquirobu, atual rio Baquirivu, terra dos índios maromomis, local próximo à casa grande da Fazenda Bananal.
 
Ao revisitarmos a história da mineração constatamos apenas a valorização do bandeirante, porém, na realidade, houve trabalho conjunto de diversos outros atores. Há muito que se descobrir com respeito ao trabalho realizado nas minerações e lavras; poucos têm conhecimento sobre essa atividade em São Paulo e em Guarulhos. Antecedente à grande exploração de minérios nas Minas Gerais. Portanto, o conhecimento histórico deve contribuir não para o ressentimento, mas para uma política social, educacional e cultural que recompense os resultados desastrosos dos erros cometidos no passado e permita realmente dizer que somos todos iguais.
 

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