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Espalha Fatos – Tolerância zero


Na primeira sessão do ano, logo em sua primeira fala, o novo presidente da Câmara Municipal, Eduardo Soltur (PV), deixou claro que irá conduzir os trabalhos com mão de ferro. Ele alertou aos vereadores que quando pedirem a palavra “pela ordem”, ao receber a resposta, não desviem do assunto em debate, já que tal artimanha é utilizada com frequência para não serem gastos os tempos regimentais.



Quem é quem


Os vereadores guarulhenses mais uma vez foram testados pelo governo municipal. O primeiro teste do ano ocorreu na quinta-feira, quando os parlamentares tiveram de votar contra ou a favor da abertura da Comissão Especial de Estudos relativa às horas extras pagas pelo Executivo em 2010.



Livre e espontânea pressão


O vereador e 1º vice presidente da Casa, Edmilson Souza (PT), chegou a solicitar a votação nominal, deixando seus colegas “espertos”. Apesar de ter deferido o pedido do petista, Soltur pronunciou a rejeição da comissão baseado no resultado apontado no painel eletrônico.



17 a 12


Dos 29 vereadores presentes durante a votação, além do bloco do Centrão formado por seis integrantes, mais a oposição, com quatro membros, Alan Neto (PSC) e Gileno (PSL) destoaram da base governista. Alencar (PT), Eraldo Souza (PSB), Americano (PHS), Guti (PMDB) e Paulo Roberto (PP) estiveram ausentes e não votaram.



Possível ou improvável?


Mesmo com a não formação da Comissão de Estudos no caso “horas extras”, a Comissão Permanente de Administração e Funcionalismo Público da Câmara, formada por Ricardo Rui (PPS), Geraldo Celestino (PSDB) e Marisa de Sá (PT), presidente, secretário e membro respectivamente, já está tomando providências para investigar, entre outras coisas, se aqueles funcionários comissionados da Prefeitura que ficaram bandeirando nos principais cruzamentos da cidade no período das eleições, recebiam por essa via do Poder Público para trabalhar na campanha eleitoral.



24 a 10


Analisando o tabuleiro político dá para afirmar tranquilamente que o Executivo está com a Câmara Municipal nas mãos. Dificilmente seus adversários conseguirão a 11ª adesão, uma vez que o então provável dono desta camisa, o ex-presidente Alan Neto (PSC), está com idéias de abandonar Guarulhos momentaneamente, pretendendo ocupar cargo político administrativo no Estado.



Cambaleando


A verdade é que até hoje Alan não assimilou a derrota nas urnas ocorridas no ano passado. Dizem nos bastidores que o vereador mais votado nas últimas eleições municipais está tão desmotivado que não quer nem tentar a reeleição em 2012.



Ânimo


Observadores políticos pensam diferente. Dizem que o conhecido “Cal” deveria esquecer o passado e tentar se reeleger vereador, dando também sustentação a um novo grupo oposicionista que já está se organizando para enfrentar na majoritária o PT em 2012. Cacife político ele já provou que tem, mas para tudo dar certo, a política do “já ganhou” tem de ser deixada de lado.



Terráqueo


O vereador Jonas Dias (PT) utilizou a tribuna da Câmara esta semana para falar sobre a crise no Egito. Empolgado, chegou a dizer que o referido país era terra natal do vereador Lamé (PTdoB). Cansado de tanta confusão, o parlamentar islâmico que nasceu na Faixa de Gaza, disparou: “Já falaram que eu nasci no Irã, na Síria e até na Turquia. Minha terra natal é o planeta Terra”.



Importante


Para ser colocado em prática, o projeto de Lei 177/10 aprovado esta semana pelo Executivo, que estabelece as novas regras da regularização fundiária urbana de Guarulhos, necessita ser visto pelas autoridades como de interesse público e não partidário. A Prefeitura tem de fazer o mais rápido possível uma parceria com o Governo do Estado, já que a qualificação profissional é dada por meio do Programa Cidade Legal.



O povo em 1º lugar


“O entendimento neste momento é o melhor caminho, pois se não houver a parceria tudo ficará emperrado na burocracia e os objetivos não serão alcançados”. Quem avisa é o vereador Paulo Sergio (PV) que estudou bastante o assunto. Vale lembrar que no ano passado a Prefeitura de Guarulhos recusou a ajuda do Governo do Estado que queria implantar no município o mesmo programa.

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