O tombamento do prédio, a cessão de espaço pelo Governo do Estado e uma medida de corte de gastos anticrise da Universidade de São Paulo (USP) impedem que a Estação Ciência, fechada desde março de 2013, reabra na zona oeste da capital. O museu, segundo a assessoria de imprensa, segue sem previsão de reabertura para o público. Com um ano e nove meses de interdição para obras, as únicas medidas tomadas no edifício foram “pontuais de preservação como limpeza da fachada e reforma da calçada”, explica o pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária, Michel Sitnik.
A última reforma no prédio onde está instalada a Estação Ciência foi realizada ainda no ano de sua fundação, na década de 80. Com problemas de desgaste estrutural, a universidade solicitou o fechamento do local para obras ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), que liberou a interdição em março de 2013. Desde então, a instituição lida com trâmites jurídicos e orçamentários.
O decreto de cessão da área, que pertencia ao Governo do Estado de São Paulo, à Universidade aconteceu no início deste mês. O termo precisou ser atualizado pois cedia somente 800 metros quadrados do prédio à USP, mas o acervo e as atividades realizadas pela Estação Ciência já ocupavam 7 mil metros quadrados. “A licitação de reforma não poderia ser emitida sem que o espaço tombado estivesse legalizado enquanto propriedade da universidade”, explica a assessoria de imprensa.
Sem confirmar datas para início oficial das obras ou reabertura da Estação Ciência, a USP diz que pretende inovar no espaço. “A proposta é modernizar, incluindo novos conceitos, conteúdos e formatos de exposições que atendam o interesse dos jovens e crianças de hoje em dia”, diz Sitnik.