A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 19, que o Brasil está diversificando as vendas para a China, ampliando as exportações de produtos de maior valor agregado, como por exemplo os aviões da Embraer. Após cerimônia de assinatura de atos entre Brasil e China, em Brasília, que conta com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Dilma lembrou que o país asiático já é nosso maior parceiro comercial, com um comércio bilateral que superou US$ 80 bilhões no ano passado.
Dilma também citou a importância das relações financeiras entre os dois países, com o acordo assinado entre a Caixa Econômica Federal e o chinês ICBC, que criará um fundo de US$ 50 bilhões, “fortalecendo as opções para financiamento de projetos de infraestrutura”. Na área de energia, a presidente mencionou o lançamento da pedra fundamental da linha de transmissão que levará energia da usina de Belo Monte, no Pará, até Minas Gerais. O projeto é tocado por um consórcio formado pela chinesa State Grid e as brasileiras Furnas e Eletronorte.
Dilma mencionou ainda parcerias nos campos de educação, tecnologia e inovação, em especial o projeto para desenvolver em conjunto um satélite de sensoriamento remoto.
Petrobras
Segundo a presidente, o crédito de quase US$ 10 bilhões oferecido por bancos chineses para a Petrobras, além de refletir confiança na empresa, colabora para o fortalecimento do pré-sal. No caso da Vale, ela apontou para os acordos com instituições financeiras chinesas, aquisição de navios e contratos de frete.
Fundo
Dilma informou que os chineses propuseram a criação de um fundo bilateral de cooperação produtiva, com aporte de US$ 20 bilhões por parte dos asiáticos, e que será voltado prioritariamente para as áreas de siderurgia, cimento, vidro, material de construção e equipamentos. A presidente afirmou que o Brasil também participará desse fundo com recursos financeiros, mas não deu detalhes.