Estadão

EUA: China não está compensando significativamente pressão de sanções à Rússia

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse não acreditar que a China esteja compensando "significativamente" a pressão provocada pelas sanções de países do Ocidente sobre a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia. Em entrevista ao vivo ao <i>Washington Post</i>, Yellen afirmou que as sanções financeiras estão limitando a habilidade chinesa de comprar petróleo.

Ainda em relação às restrições de importações de petróleo, a secretária destacou a independência relativa dos Estados Unidos. "Temos pouca dependência da importação de petróleo russo. Podemos fazer isso banir importações pela nossa forte posição. Não espero que maioria dos aliados europeus façam o mesmo", afirmou.

Os EUA continuam a trabalhar com seus aliados europeus na possível ampliação de sanções contra Rússia, disse Yellen. Ela destacou ser "inevitável" que haja reflexos negativos para a economia americana e europeia com as restrições. "Faremos o que pudermos para proteger americanos e aliados de impactos econômicos", garantiu.

Yellen afirmou que a economia da Rússia será "devastada" com as sanções já impostas e que irá se contrair "significativamente" no médio e longo prazo, dados os controles impostos. "Nós não vemos recuo da Rússia neste momento", disse, "A situação está se agravando".

<b>Impacto na África</b>

Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva afirmou hoje que a África é particularmente vulnerável aos impactos da guerra na Ucrânia. Segundo ela, isso acontece por meio de quatro canais principais: aumento dos preços dos alimentos; preços mais altos dos combustíveis; receitas mais baixas do turismo; e mais dificuldade de acesso aos mercados de capitais internacionais.

"Neste momento difícil, o Fundo está pronto para ajudar os países africanos a lidar com as repercussões da guerra e para ajudar a implementar reformas por meio de nossa assessoria política, desenvolvimento de capacidades e empréstimos", afirmou, em comunicado, após se reunir com líderes africanos.

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