EUA têm mais hospitalizados por covid-19 agora do que na 1ª onda, diz Opas

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou para a gravidade da pandemia da covid-19 neste momento na região. Durante entrevista coletiva, o comando da entidade notou que, apenas na última semana, 2,5 milhões de pessoas foram infectadas nas Américas. A diretora da Opas, Carissa Etienne, destacou o fato de que atualmente há mais pessoas hospitalizadas por causa do vírus do que na primeira onda de casos, no ano passado.

Na América do Sul, todos os países têm registrado aumento nos casos da doença nas últimas semanas, lembrou a autoridade.

"Temos de permanecer vigilantes nas próximas semanas", afirmou Etienne, ao lembrar dos feriados de fim de ano, que geraram aglomerações que podem resultar em salto nos casos da doença em vários países da região. "Enquanto o acesso à vacina estiver limitado, não podemos depender dela para conter os casos", lembrou, ao recomendar que as pessoas mantenham medidas como o distanciamento físico, o uso de máscaras e a higiene das mãos, para conter os contágios. Subdiretor da Opas, Jarbas Barbosa afirmou que nos próximos meses o quadro deve ser o mesmo. "Para mudar a dinâmica da contaminação, devemos imunizar 70% da população", sustentou ele.

A Opas é parte da Iniciativa Covax, que busca garantir distribuição igualitária de vacinas na região. A entidade disse que as entregas dos imunizantes por meio da iniciativa devem começar no fim de março.

Já estão garantidas as entregas de 2 bilhões de vacinas contra a doença neste ano pela Iniciativa Covax, segundo a Opas, mas a maior parte delas deve ser entregue apenas no segundo semestre. A prioridade da Covax agora é imunizar os 20% mais vulneráveis da população, profissionais de saúde e idosos, lembrou o comando da Opas.

Etienne ainda cobrou que os líderes da região mostrem "unidade" e "transparência" na sua resposta à pandemia, sem citar nomes. Também presente na coletiva, o gerente de Incidentes da entidade, Sylvain Aldighieri, disse que a Opas não é favorável à adoção de possíveis "passaportes de imunidade" para os que já receberam vacinas. Aldighieri argumentou que isso acabaria por conferir uma falsa sensação de segurança.

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