Derek Chauvin, ex-policial de Minneapolis que foi filmado com o joelho no pescoço do negro George Floyd, foi libertado na quarta-feira, 7, após pagar fiança de US$ 1 milhão. Os registros estaduais mostram que Chauvin foi transferido de uma prisão estadual em Oak Park Heights, em Minnesota, onde estava detido desde que foi preso, em maio, para a cadeia do Condado de Hennepin, em Minneapolis.
Eric Nelson, advogado de Chauvin, confirmou que seu cliente não estava mais sob custódia, mas se recusou a dar detalhes. Não ficou claro de onde Chauvin conseguiu o dinheiro da fiança. Em Minnesota, quem lança um título deve pagar 10% – neste caso US$ 100 mil – à empresa responsável pela fiança e ter uma garantia, como uma casa, para respaldar o valor total. A empresa em questão, Allegheny Casualty Company, não respondeu às tentativas de contato feitas pela <i>Associated Press</i>.
A polícia de Minnesota e a Associação de Policiais da Paz, que têm um fundo de defesa legal, não deram dinheiro para a fiança, disse uma porta-voz. O sindicato de policiais de Minneapolis não respondeu aos pedidos de contato.
O GiveSendGo.com, um site de crowdfunding cristão gratuito, tem no ar um fundo de fiança que teria sido criado pela família de Chauvin. De acordo com o site, eles arrecadaram US$ 4.198 da meta de US$ 125 mil, com doações de 35 pessoas.
Chauvin tinha a opção de pagar fiança de US$ 1,25 milhão para ser solto sem restrições ou de US$ 1 milhão pela liberdade condicional. Como optou pelo segundo caso, deverá comparecer ao tribunal, não poderá ter qualquer contato direto ou indireto com membros da família de Floyd, ficará proibido de trabalhar como policial ou segurança e perderá o direito a portar arma de fogo.
Chauvin, de 44 anos, foi o último dos quatro policiais de Minneapolis acusados pelo assassinato de Floyd a ser libertado.
Veterano de 19 anos da polícia, ele enfrenta acusações de homicídio pela morte de Floyd. Três outros policiais – Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao – são acusados de ajudar e encorajar a abordagem. Um juiz está avaliando se os quatro serão julgados conjuntamente.
Uma data provisória para o julgamento foi marcada para março de 2021. A libertação de Chauvin deve aumentar as tensões na cidade que vive no limite desde a morte de Floyd e onde muitos edifícios permanecem fechados em razão da contínua agitação civil.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>