Preso nesta quinta-feira na fase Custo Brasil da Operação Lava Jato, Valter Correia da Silva, que foi secretário municipal de Administração e Modernização Administrativa em Guarulhos de janeiro de 2001 a dezembro de 2004, durante a primeira gestão do ex-prefeito e pré-candidato do PT, Elói Pietá, chegou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual, durante sua gestão na cidade.
Segundo o GuarulhosWeb apurou, Correia da Silva – que estava como secretário municipal de Fernando Haddad (PT), em São Paulo, até a manhã desta quinta-feira – apareceu em gravações telefônicas obtidas pelo então vereador do município, Waldomiro Ramos, e divulgadas durante uma sessão da Câmara Municipal, em 3 de março de 2004.
Na ocasião, o MP investigou um suposto favorecimento da Prefeitura de Guarulhos a uma empresa do ex-tesoureiro do Instituto Florestan Fernandes, entidade fundada em julho de 1999 por iniciativa do diretório paulistano do PT. Gravações telefônicas que teriam sido enviadas anonimamente ao vereador Waldomiro Ramos mostravam conversas em que membros do primeiro escalão da prefeitura negociam com o tesoureiro a contratação de uma fundação por R$ 3,070 milhões. Um deles era o então secretário de Pietá, preso nesta quinta-feira, Valter Correia da Silva.
"A fundação subcontratou, no entanto, a empresa do tesoureiro. Pela legislação, fundações podem ser contratadas sem licitação. Já a empresa precisaria disputar uma concorrência pública. As conversas envolveram, além do secretário municipal da Administração, Valter Correia da Silva, a então secretária-adjunta, Maria Isabel Fonseca, e os sócios da Frontservices S/C Ltda., César Augusto Massaro e Washington Luiz Vianna. Os diálogos tratavam de um contrato que teria como titular a Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), instituição vinculada à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)", segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, em 28 de março de 2004.
A equipe de Valter Correia da Silva foi responsável pela implantação do sistema Fácil na Prefeitura de Guarulhos, que incluiu a contratação de diversas empresas do setor de informática, mesmo ramo de atuação daquelas que aparecem na apuração da Polícia Federal durante a operação Lava Jato.
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