A Pesquisa de Expectativa dos Consumidores realizada pelo Federal Reserve de Nova York mostra que em janeiro a perspectiva de aumento de gastos dos americanos atingiu o maior nível desde junho de 2015, ao subir 0,8 ponto porcentual em relação ao mês anterior, para 4,2%. De acordo com o Fed de Nova York, essa é a segunda maior variação porcentual mensal desde que o levantamento começou a ser feito, em 2013.
No que diz respeito a renda, a mediana das expectativas aponta 2,4% de aumento em janeiro, 0,2 ponto porcentual acima do verificado em dezembro e maior nível desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19 afetar severamente a economia dos Estados Unidos.
Em contrapartida, a distrital nova-iorquina do Fed relatou níveis de incerteza para a inflação no país considerados altos, "substancialmente maiores do que no período pré-pandêmico", ainda que a mediana das expectativas de inflação para o horizonte de um ano e de três anos tenham ficado inalteradas em 3,0%.
A mediana da expectativa para o preços de residências subiu 0,4 ponto porcentual no período, para 4,0%, maior número desde maio de 2014. O nível de inflação esperado para o aluguel no mesmo intervalo subiu 0,7 ponto porcentual, a 6,4%.
A expectativa para os preços de commodities também cresceu, com a mediana para um ano dos preços do gás subindo 0,8 ponto porcentual, a 6,2%. Houve aceleração também na expectativa de aumento dos preços de alimentos, custo com assistência médica e educação superior, de 5,6%, 9,2% e 5,6%, respectivamente.
Pelo sexto mês consecutivo, os respondentes apontaram expectativa de aumento salarial no próximo ano de 2%. A expectativa de que a taxa de desemprego cresça num período de um ano subiu de 38,9% em dezembro para 40,2% em janeiro, mas a percepção de probabilidade de perda do emprego nos próximos 12 meses caiu de 15,0% para 13,6% no mesmo período.