O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,3% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice atingiu 66,4 pontos. Em abril, o IAEmp havia subido 2,0%. Mesmo assim, a instituição alerta que ainda é cedo para esperar reversão das expectativas de desaquecimento no mercado de trabalho nos próximos meses.
“Chama a atenção a percepção de que os negócios continuam piorando no setor de serviços, apesar da perspectiva de alguma melhora nos próximos meses. De qualquer forma, como se trata de um setor intensivo em mão de obra, o nível agregado de emprego deve continuar sendo afetado negativamente nos próximos meses”, avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota.
As avaliações sobre o momento atual foram as principais contribuições negativas para o indicador, com destaque justamente para a situação atual dos negócios em serviços (-5,4%) e na indústria (-4,7%).
Porém, a melhora das perspectivas dos consumidores e dos empresários sobre o mercado de trabalho nos próximos meses evitou a queda do IAEmp. Entre as variáveis que compõem o indicador, a percepção dos consumidores sobre o emprego no futuro subiu 5,3%. No campo empresarial, o indicador que mede a percepção dos empresários sobre situação dos negócios para os próximos seis meses elevou-se 4,5% tanto no setor de serviços e quanto na indústria.
Em médias móveis trimestrais, contudo, o IAEmp recuou 2,3% em maio, o que reforça a percepção de que os resultados positivos na margem ainda são insuficientes para criar uma trajetória de recuperação, segundo a FGV.
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.