As exportações do Japão cresceram 0,6% em setembro, na comparação com igual mês do ano passado. O resultado representa uma desaceleração, diante da demanda mais fraca na China e em outras economias asiáticas.
A alta de 0,6% no ano fez o resultado ficar em 6,417 trilhões de ienes, em alta pelo 13º mês consecutivo, segundo o Ministério das Finanças. O número, porém, ficou abaixo da alta de 3,4% esperada pelos economistas ouvidos pelo Wall Street Journal e foi o mais fraco em 13 meses, apesar da fraqueza do iene ante o dólar.
A desaceleração econômica chinesa tem gerado reverberações pela economia global, o que prejudica as indústrias nas economias asiáticas dependentes de exportação, como Japão, Coreia do Sul, Malásia e Vietnã. A produção industrial japonesa caiu em julho e agosto, o que reforça a chance de o país sofrer uma segunda recessão em alguns anos e impulsiona as expectativas de que mais estímulos fiscais e monetários possam ser anunciados.
As exportações para a China – o segundo maior mercado exportador do Japão – recuaram 3,5% em setembro, após caírem 4,6% em agosto, no segundo mês consecutivo de queda, segundo os dados. As exportações para a Ásia como um todo também recuaram 0,9% em setembro, na primeira baixa em sete meses.
As exportações totais em volumes tiveram queda de 3,9% em setembro, terceira queda mensal seguida. Os economistas em geral veem os volumes como o melhor indicativo da força das exportações japonesas.
As importações do Japão tiveram queda de 11,1%, para 6,352 trilhões de ienes, nona queda mensal seguida e o maior recuo desde a queda de 14,4% de março.
A balança comercial do Japão registrou déficit de 114,5 bilhões de ienes em setembro, comparado com um déficit de 961,98 bilhões de ienes em setembro do ano passado. Economistas ouvidos pelo Nikkei e pelo Wall Street Journal previam superávit de 100,00 bilhões de ienes. Fonte: Dow Jones Newswires.