Economia

Exterior e petróleo pesam e Bovespa fecha o dia em queda de 0,52%

A Bovespa bem que tentou uma recuperação no começo da tarde desta quarta-feira, 24, mas foi pressionada pelas perdas vistas em Nova York e sucumbiu ao território negativo, sinal que predominou durante praticamente todo o pregão.

A cautela diante da chance da retomada do aperto monetário nos Estados Unidos e a forte queda das commodities no exterior acabaram afastando os investidores de ativos de risco, o que penalizou a Bolsa brasileira. Entre as blue chips, Vale foi destaque de queda, com perdas de mais de 3,0% refletindo o fraco desempenho das pares internacionais em meio à desvalorização do minério de ferro e do balanço considerado preocupante da Glencore.

Internamente, a dificuldade do governo interino de Michel Temer em torno das medidas de ajuste fiscal desagrada, mas não chegou a fazer preço nos ativos diante da percepção de que o tema deve ganhar maior relevância após o início do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado.

O Ibovespa terminou o pregão desta quarta-feira em queda de 0,52%, aos 57.717,88 pontos, distante da mínima, quando chegou a recuar 0,97%, aos 57.456 pontos. No início da tarde, num momento em que os índices das bolsas de Nova York reduziram as perdas pontualmente, o índice à vista chegou a subir 0,56% na máxima, aos 58.332 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,94 bilhões. No mês de agosto, a Bolsa acumula ganho de 0,72%, e no ano, valorização de 33,15%.

Entre as blue chips, as ações da Petrobras terminaram em queda de 1,94% (ON) e 2,13% (PN), com os preços do petróleo negociados no menor patamar em uma semana após o Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos apontar mais cedo uma crescimento inesperado nos estoques da commodity. Os estoques de gasolina e destilados também avançaram, ajudando a pressionar os preços.

Já os papéis da Vale recuaram 3,20% (ON) e 3,23% (PNA), em linha com as perdas de suas pares globais. Além da desvalorização do minério de ferro no exterior, o setor também foi penalizado pelo balanço da Glencore, que preocupou os investidores. A companhia registrou prejuízo líquido de US$ 369 milhões no primeiro semestre. A receita diminuiu para US$ 69,4 bilhões – uma queda de 6% na mesma comparação anual, em grande medida diante dos preços menores das commodities.

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