No último domingo (30) a Câmara Municipal de Guarulhos foi palco de uma disputa acalorada que resultou no afastamento da família Fidelix do comando nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A família, no entanto, aponta ilegalidades e aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado.
Desde a morte de Levy Fidelix em abril de 2021, vítima da covid-19, Júlio Cezar Fidelix, irmão de Levy, e Aldineia Fidelix, sua viúva, têm travado uma disputa pelo controle da sigla, envolvendo acusações de fraude, má gestão e inúmeras batalhas judiciais.
Com um resultado de 25 votos a favor e apenas um contra, a chapa “Renovação”, composta por Rachel de Carvalho e Murad Karabachian, saiu vitoriosa da Assembleia. O ex-presidente da sigla, Júlio, que liderava a chapa “Família PRTB”, foi derrotado e fica agora fora da direção nacional do partido.
A “Família PRTB”, no entanto, alega que não foram cumpridas exigências específicas do Ministro Alexandre de Moraes, que solicitou que a convenção fosse realizada na modalidade híbrida. Segundo a chapa, o não cumprimento dessa determinação resultou em grande abstenção de votos. Além disso, os membros afirmam que Murad Karabachian não comprovou sua filiação partidária.
A advogada de Júlio Fidelix, Caroline Gonçalves Guerini, afirma ainda que dos 26 votantes, quatro não são filiados ao partido. Não houve, portanto, o quórum mínimo de 24 votantes exigido pelo estatuto do PRTB.
Aldineia Fidelix optou por não disputar a eleição e também não participou da votação. Antes do início da Assembleia, ela solicitou ao TSE o cancelamento do evento, mas o Judiciário estava em recesso, tendo retornado somente nesta terça-feira (1).
Para garantir a segurança do evento, a Polícia Militar reforçou a presença no plenário da Câmara de Guarulhos, onde a Assembleia teve início às 10h de domingo. O resultado final foi anunciado por volta das 14h.
Foto: Divulgação/PRTB