Diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow afirmou que a fase 1 do acordo comercial entre Estados Unidos e China, firmado em janeiro, segue "intacta", apesar da escalada nas tensões entre os dois países, com troca de acusações em relação à resposta ao coronavírus. "Estou satisfeito com o cumprimento do acordo, mas não com o comportamento da China com a pandemia", criticou, em entrevista online ao jornal <i>The Washington Post</i>.
Kudlow voltou a demonstrar otimismo de que a recuperação da economia ocorrerá em formato de V, isto é, em ritmo rápido e forte. Para ele, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrará contração significativa no segundo trimestre, mas iniciará a retomada a partir de então. "Quando nossa economia reabrir, teremos um boom de exportação", afirmou.
O diretor também expressou oposição à ampliação de benefícios a desempregados, que, na visão dele, desincentivam o retorno ao trabalho.
Ele ainda disse que concorda com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que juros negativos não são necessários nos momentos. "Programas para liquidez são mais importantes", argumentou.
O diretor explicou que, apesar de entender que o governo não pode gastar de forma ilimitada, não está preocupado com o aumento da dívida pública. Segundo ele, a confiança do mercado com a capacidade do país de honrar seus pagamentos é considerada "sagrada".