A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) recebeu na noite de segunda-feira um comunicado oficial da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) informando o cancelamento de todas as competições do Circuito Mundial até o dia 30 de abril devido à epidemia do novo coronavírus, denominado Covid-19. Isso inclui o Grand Slam de Ecaterimburgo, que aconteceria na Rússia neste final de semana, além dos Grand Prix de Tbilisi (Geórgia) e Antalya (Turquia).
O Brasil teria 25 atletas no Grand Slam da Rússia, que distribuiria até mil pontos no ranking mundial, que vale para a corrida por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O embarque da delegação brasileira estava previsto para esta terça-feira e foi cancelado em tempo. Assim que tomou ciência do cancelamento, a CBJ providenciou o retorno dos atletas às suas respectivas cidades e seguirá monitorando a situação junto à FIJ.
A medida drástica adotada pela IJF ocorre uma semana após o cancelamento do Grand Prix de Rabat, no Marrocos, também por conta do Covid-19. Para não prejudicar os atletas na reta final de qualificação para os Jogos de Tóquio-2020, a entidade reabriu o prazo de inscrições para Grand Slam de Ecaterimburgo, um dos que mais valem pontos.
Frente à epidemia de coronavírus e a suspensão em série de diversas competições, a difícil luta por vagas para Tóquio-2020 fica mais preocupante a cada dia para os brasileiros. Medalhista de ouro nos Jogos de Londres-2012, Sarah Menezes pode ficar fora da Olimpíada. Caso sejam mantidos os critérios de classificação, a atual número 32 do ranking mundial e a terceira do Brasil na categoria até 52kg – atrás de Larissa Pimenta (oitava) e Eleudis Valentim (29.ª) não teria mais como somar pontos para se classificar.
No calendário da IJF estão mantidos o Grand Slam de Baku (Azerbaijão), de 8 a 10 de maio, e também o
Masters de Doha (Catar), de 28 a 30 de maio. A IJF define o ranking olímpico do judô no dia 30 de maio e
no dia 1.º de junho a CBJ anuncia os classificados.