Na esteira dos projetos polêmicos desenterrados da última legislatura, mais uma proposta disputará este ano as atenções dos deputados na Câmara. O polêmico deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pediu para desarquivar seu projeto que obriga a inclusão do criacionismo na grade curricular das escolas públicas e privadas.
No texto, Feliciano propõe que o conteúdo criacionista deve incluir noções “de que a vida tem sua origem em Deus, como criador supremo de todo universo e de todas as coisas que o compõe”. O deputado, que é presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento em Orlândia, interior de São Paulo, diz que o ensino deve levar o aluno a avaliar cognitivamente tanto a teoria do evolucionismo quanto o criacionismo.
“Ensinar apenas o evolucionismo nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo, uma vez que a doutrina criacionista é a predominante em todo o nosso País. O ensino darwinista limita a visão cosmológica de mundo existencialista levando os estudantes a desacreditarem da existência de um criador que está acima das frágeis conjecturas humanas forjadas em tubos de ensaio laboratorial”, diz o deputado na justificativa do projeto.
O projeto foi apresentado em novembro e estava na pauta da Comissão de Educação. Com o fim da legislatura, em 31 de janeiro, a proposta foi arquivada. O desarquivamento só ocorreu nesta semana.