A epidemia de zika, vírus “parente” do da dengue e que assola partes do País, tem de ser tratada pelo poder público, segundo o presidente da Federação Nacional das Empresas de Saúde (FenaSaúde), Marcio Coriolano. No caso da iniciativa privada, conforme ele, uma discussão pode ocorrer para o próximo rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que acontece daqui a dois anos.
“Hoje, não está prevista cobertura para o exame de zika, mas para dengue”, disse Coriolano, em coletiva de imprensa, nesta tarde, lembrando que o custo do seguro deve aumentar. Semana passada, o Ministério da Saúde publicou, pela primeira vez, uma projeção sobre o grau de disseminação do zika pelo País. Embora ainda não existam testes em quantidade e qualidade suficientes para diagnosticá-lo e, como em 80% dos casos, o paciente infectado não apresenta sintomas, o ministério fez uma projeção com base em casos descartados de dengue – as duas doenças têm sintomas semelhantes – e em referências da literatura médica internacional. O ministério chegou ao número mínimo de 497.593 casos e máximo de 1.482.701.
A diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz, acrescentou que o problema maior do zika ocorrerá em 10 a 15 anos e que os hospitais da rede privada estão fazendo o atendimento de pacientes que, posteriormente, são identificados com a doença.