A inflação sentida pela população idosa passou de um recuo de 0,03% no segundo trimestre para um avanço de 1,93% no terceiro trimestre deste ano, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma elevação de 4,00% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,62% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. No terceiro trimestre, o IPC-BR teve elevação menos acentuada que a do IPC-3i, 1,85%.
Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que saiu de -2,93% para 2,89%, sob influência da gasolina, que subiu 8,64% no terceiro trimestre, ante uma queda de 10,55% no trimestre anterior.
Os demais acréscimos ocorreram nas taxas dos grupos: Habitação (de -0,10% para 1,72%), Educação, Leitura e Recreação (de -3,59% para 4,65%), Alimentação (de 2,16% para 2,74%) e Despesas Diversas (de 0,63% para 0,86%). Houve impacto dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -2,09% para 3,91%), passagem aérea (de -19,11% para 49,67%), carnes bovinas (de 2,23% para 8,25%) e cigarros (de -0,46% para 1,51%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,90% para 0,44%) e Vestuário (de -0,44% para -0,73%), sob impacto de itens como médico, dentista e outros (de 1,50% para -0,83%) e roupas (de -0,28% para -1,00%).
O grupo Comunicação registrou no terceiro trimestre a mesma taxa de variação de 0,92% do segundo trimestre. A mensalidade para TV por assinatura acelerou de 1,02% para 2,43%, mas o combo de telefonia, internet e TV por assinatura desacelerou de 1,87% para 1,68%.