Política

Financiamento público da campanha e sistema de votos divide opiniões

Bancadas opinam sobre alguns dos pontos polêmicos da reforma política

O financiamento público da campanha também traz prós e contras. Segundo o deputado federal Jorge Tadeu (DEM), os custos crescem a cada pleito realizado e muitas vezes mais se valoriza a técnica utilizada do que a história de vida e avaliação dos projetos dos candidatos, deixando as campanhas mais caras e vagas.

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"Com o fim do financiamento direto fica mais fácil a fiscalização por parte do Poder Público, pois os gastos de campanha serão realizados exclusivamente pelos partidos políticos a partir de contas bancárias abertas especificamente para registro de movimentações financeiras relativas a campanhas eleitorais", afirmou.

Outro ponto que gera divergência se refere à proposta de voltação em lista, em que o eleitor terá de votar duas vezes: uma para o candidato preferido e outra para uma lista de indicados do partido de sua escolha. Essa medida visa manter a representação proporcional, onde os mais votados são os efetivamente eleitos, e estimular a vida partidária, uma vez em que para o candidato ficar entre os primeiros da lista, deverá convencer filiados a colocá-lo em uma boa posição.

Bancada Feminina apóia o texto, porém exige mais espaço e representatividade

A coordenadora da Bancada Feminina na Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), considera inovadora a adoção do financiamento público e exclusivo de campanha e de novos mecanismos para aumentar a participação feminina na política, contudo ressalta que as mulheres vão continuar a luta por igualdade na montagem das listas partidárias.

"Considero um avanço para a democracia brasileira a proposta do relator que adota o voto proporcional misto, com voto nominal e em lista pré-ordenada. Mas destaco que a atual proposta ainda não atende completamente a reivindicação das mulheres, que desejam alternância de gênero na lista pré-ordenada, na proporção de um para um", defendeu.

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