Estadão

Fluxos comerciais globais caem pelo segundo mês consecutivo, com declínio na demanda por bens

Fluxos comerciais globais de bens caíram pelo segundo mês consecutivo em maio, de acordo com um indicador desenvolvido pelo <i>The Wall Street Journal</i>, que apontou declínio de 3,4% em relação a abril, feitos os ajustes sazonais. Os fluxos comerciais também caíram em 3,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A queda nos fluxos reflete um declínio na demanda por bens que atingiu fábricas em todo o mundo, já que os consumidores preferem serviços aos quais não tiveram acesso durante a pandemia de covid-19, em um momento em que preços mais altos e custos de empréstimos estão enfraquecendo o poder de compra.

A desaceleração do comércio deve continuar nos próximos meses. Uma pesquisa da S&P Global, feita com gerentes de compras em fábricas de todo o mundo, constatou que os novos pedidos de exportação continuaram caindo em junho pelo décimo sexto mês consecutivo e em um ritmo mais rápido do que em maio.

O cálculo do indicador é feito com dados de oito países em seis regiões que, juntos, representaram 39,1% do valor das exportações mundiais de mercadorias em 2019, segundo a Organização Mundial do Comércio. Para contabilizar os 60,9% restantes, <i>The Wall Street Journal</i> calcula fatores de escala para cada região, com base no tamanho da parcela ausente da região.

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