O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve tranquilizar os mercados que continuará com medidas de flexibilização agressiva até que ele realmente atinja sua meta de inflação de 2%, mesmo se ele não conseguir atingir a sua própria previsão de quanto essa meta será alcançada, disse nesta segunda-feira David Lipton, primeiro vice-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Nós acreditamos que faz sentido para o BoJ se dedicar a atingir o alvo, mas também faz sentido reafirmar que os esforços continuarão até que esse objetivo seja alcançado”, disse Lipton.
Autoridades do FMI temem que a comunicação do banco central com os mercados poderia ficar complicada, uma vez que as datas estipuladas para atingir a meta se aproximam, enquanto a inflação continua abaixo de 2%. O BoJ disse recentemente que a meta de inflação de 2% deverá ser alcançada entre abril de 2017 e março de 2018, em comparação com uma meta anterior entre abril de 2017 e setembro de 2017. Esta foi a quarta vez em um ano que o BoJ postergou a data para atingir a meta.
“Os mercados gostariam de saber em que ponto a data para atingir a meta teria que ser alterada, ou a política ser intensificada”, disse ele. “Achamos que faz sentido em breve ter uma avaliação realista do perfil de tempo para atingir a meta”, acrescentou.
O comentário de Lipton sublinha dúvidas entre os especialistas estrangeiros se o banco poderá chegar a 2% no início de 2018. Fonte: Dow Jones Newswires.