A Força Sindical contestou neta sexta-feira, 10, a divulgação dos índices de representatividade de cada Central Sindical referentes a 2014, conforme portaria publicada ontem) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “É estranho o procedimento do MTE de publicar o índice, medida exigida pela Lei 11.648/2008, sem que as atividades do Grupo de Trabalho )GT) de Aferição, constituído oficialmente para democratizar a verificação dos dados da sindicalização, extraídos das atas eleitorais dos sindicatos, tenham se encerrado. O referido GT tem, inclusive, reunião para análise de processos relativos à aferição de 2014 agendada para o próximo dia 24 de abril”, cita nota divulgada na tarde de hoje e assinada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Segundo a Força Sindical, a divulgação dos índices foi adotada de forma unilateral pelo governo, sem prévio aviso, e “impõe sérios questionamentos às experiências de diálogo social no âmbito do MTE, que ultrapassam a atividade do GT Aferição, já combalido por decisões ministeriais adotadas em desacordo com o disposto na normatização dos trabalhos e do posicionamento do GT, aprovadas pela maioria absoluta das centrais membro”.
Ontem, ao divulgar os índices, o MTE explicou que o resultado considerou a quantidade de trabalhadores filiados aos sindicatos de cada central até o dia 31 de dezembro de 2014. Nessa data, eram 9.154.248 trabalhadores associados a sindicatos filiados a centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) registrou o maior índice, com 31,73%, vindo em seguida a Força Sindical (FS), com 10,82%; a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com 10,36%; a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com 10,30%; a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), com 7,65%; e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), com 7,15%.