Cidades

Fracassa tentativa de sindicato que pretendia promover greve de médicos em Guarulhos

Assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) nesta terça-feira, no início da noite, não conseguiu convocar uma possível paralisação dos médicos que atuam na Prefeitura de Guarulhos, diretamente ou por meio de Organizações Sociais, conforme a convocação feita à categoria. Apenas 11 profissionais apareceram no encontro realizado na regional de Guarulhos da Associação Paulista de Medicina (APM), no Centro da cidade. 
 
Sem qualquer capacidade de mobilização, o Sindicato não descarta tentar outras formas de pressão, que podem vir a prejudicar o atendimento à poplação da cidade, segundo o GuarulhosWeb apurou junto a um dos médicos que compareceu ao encontro.  
 
Nesta quarta-feira, 11/04, o Simesp enviou nota a respeito do ato marcado para a próxima semana. Confira:
 

"Os médicos que atuam nos serviços de saúde da cidade de Guarulhos, região metropolitana do estado de São Paulo, farão uma manifestação para denunciar os sérios problemas enfrentados pela população e pelos profissionais, devido à falta de medicamentos e insumos básicos, o que coloca em risco à saúde de quem depende de assistência e o exercício da medicina. O ato será na próxima terça-feira, 17 de abril, com concentração, às 8h, em frente ao Hospital Municipal de Urgência (HMU), localizado à Av. Tiradentes, 3.391, Bom Clima, Guarulhos. No mesmo dia, apenas durante o período da manhã, haverá paralisação dos atendimentos eletivos (consultas marcadas em ambulatórios) e serão mantidos os atendimentos de urgências e emergências.

Os médicos decidiram fazer o ato e a paralisação, unanimemente, durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) na noite de ontem, 10, devido à falta de resolução após sucessivas reuniões de negociação com o secretário de saúde, José Sérgio Iglesias Filho. “Faremos um ato, porque os médicos têm negociado com a Prefeitura já há algum tempo, porém, as coisas não estão se concretizando. Então, os médicos irão denunciar à sociedade a situação precária da saúde pública no município, a falta de insumos e medicamentos, a falta de condições dignas de trabalho e o descaso com que vêm sendo tratados os médicos”, conta Eder Gatti, presidente do Simesp e completa: “A Prefeitura não leva em consideração a qualidade dos atendimentos”.

Gatti salienta que a categoria reivindica garantia aos profissionais de condições para atendimento com dignidade e qualidade; concursos públicos para recompor o quadro de profissionais; provimento de insumos e medicamentos aos serviços de saúde; compra e manutenção de ambulâncias para garantir a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quando os cidadãos precisarem; que não haja terceirização da gestão ou da mão de obra nas unidades de saúde do município de Guarulhos; que haja provimento de retaguarda de especialidades para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs); e que o protocolo de urgência e emergência do município seja revisado.

O Simesp notificou a decisão dos médicos, por meio de ofícios ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), ao Conselho Municipal de Saúde de Guarulhos, ao Ministério Público, ao prefeito da cidade e ao secretário municipal da Saúde."

 

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