Antes de parar as operações nesta sexta-feira, deixando centenas de passageiros sem voos e causando transtornos principalmente no Aeroporto de Guarulhos, a Itapemirim, empresa responsável pela viação ITA, já apresentava problemas. A companhia não estava cumprindo com o pagamento dos Planos de Saúde dos tripulantes, bem como estaria desde fevereiro sem pagar o FGTS dos funcionários. O Vale Alimentação estava há quatro meses atrasado, segundo funcionários postaram em redes sociais. Os salários de dezembro também estariam atrasados.
A ITA fez seu primeiro voo comercial em junho deste ano, há menos de seis meses.
Nos últimos dias a companhia realizou suas primeiras operações no Aeroporto de Congonhas, e também os primeiros voos internacionais. Contudo, o passo dado pela aérea representou um imenso problema de malha nas semanas seguintes, colocando os clientes em dúvida sobre a qualidade do serviço.
A Itapemirim também estava sem call center por número de telefone, oferecendo apenas chat no site e e-mail para o atendimento ao cliente.
Em nota, a empresa informou:
“O Grupo Itapemirim informa que, por iniciativa própria, suspendeu temporariamente as operações de sua companhia aérea, a ITA, no início da noite desta sexta-feira (17) para uma reestruturação interna. A decisão foi tomada por necessidade de ajustes operacionais. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) já foi informada da decisão. A ITA lamenta os transtornos causados e afirma que irá continuar prestando toda assistência aos passageiros impactados, conforme prevê a resolução 400 da ANAC.”