O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, se mostrou bastante incomodado com o fato de o Corinthians jogar duas vezes em São Paulo nos jogos de ida e volta das quartas de final do Campeonato Paulista.
Os confrontos da segunda fase da competição foram definidos nesta terça-feira, em congresso na sede da Federação Paulista. O time alvinegro jogará como visitante do Bragantino no Pacaembu no domingo e depois recebe o time do interior em casa, no Itaquerão.
“Cabe aos clubes discutirem melhor o regulamento do ano que vem. Isso depõe contra o campeonato, que é respeitado e muito sério. Trazer um jogo que seria no interior para a capital é uma distorção desportiva”, criticou o mandatário alviverde.
Galiotte reconhece que a situação poderia ter sido evitada caso os clubes tivessem barrado a possibilidade de transferência do local de jogo na discussão para definição do regulamento.
“A decisão é do Bragantino, mas não deveríamos seguir por este caminho. O Palmeiras não aprova. Falhamos ao aprovar essa possibilidade no regulamento no início do ano. Temos que repensar para o ano que vem”, avaliou Galiotte.
O diretor de futebol do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, minimiza as críticas, e destaca que o regulamento está sendo cumprido. “O regulamento permite, entendemos a necessidade dos clubes do interior, assim como foi no ano passado (quando o Linense transferiu seu mando para enfrentar o São Paulo no Morumbi). É uma atitude dentro do regulamento e que vai ajudar o Bragantino.”
Duilio comentou as declarações de Galiotte. “Ele colocou a posição dele, de que isso não é bom para o campeonato, mas temos que entender os clubes do interior. Isso não vai mudar o desempenho do time dele nem o resultado do campeonato.”
Para o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, os clubes devem decidir se a troca de local de jogo deve continuar a valer ou não no próximo Estadual. “Quando isso aconteceu no ano passado, sentamos depois para discutir, mas é uma situação difícil. Administramos o que os clubes decidem. O assunto vai aparecer de novo. É só os clubes aprovarem essa mudança se quiserem, de vetar jogar na cidade do adversário.”