O preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento do País caiu 0,17%, para R$ 5,61, na semana entre 10 e 16 de dezembro na comparação com os sete dias anteriores, quando custou R$ 5,62 na média segundo o Levantamento de Preços dos Combustíveis (LPC) da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Essa foi a segunda semana seguida de queda no preço médio após um aumento pontual na virada de novembro para dezembro, que interrompeu uma sequência de 13 semanas de estabilidade ou quedas leves (R$ 0,01 ou R$ 0,02 por litro).
Ao fim de agosto, o preço médio da gasolina havia subido R$ 0,23 por litro, chegando a R$ 5,88, consequência direta de um aumento de 16,3% da Petrobras no preço praticado nas suas refinarias a partir de 16 de agosto. Desde então, a queda a conta gotas do preço nas bombas se deve a ajustes concorrenciais do varejo; redução de 4% no preço das refinarias da Petrobras em 21 de outubro; e consistente recuo no preço do etanol anidro.
O etanol anidro responde por 27,5% da mistura da gasolina comum comercializada nos postos de abastecimento e tem ajudado a ancorar seu preço. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP), o preço médio do insumo nas usinas paulistas acumula queda de 15,8% desde o início de setembro. Na semana entre 11 e 15 de dezembro, o etanol anidro ficou 7,04% mais barato, a R$ 2,13 por litro.
<b>Etanol x gasolina</b>
Na semana passada, o etanol estava mais competitivo em relação à gasolina no Amazonas, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, e no Distrito Federal. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, no período a média dos postos pesquisados no País o etanol tinha paridade de 62,57% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo.
A paridade estava em 69,33% no Amazonas; 62,23% em Goiás; 56,81% em Mato Grosso; 62,98% em Mato Grosso do Sul; 63,19% em Minas Gerais; 64,82% no Paraná e 61,59% em São Paulo. No Distrito Federal, estava em 64,70%.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.