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Goleiro de Rogério Ceni, Sidão salva estreia e leva São Paulo à final nos EUA

O técnico Rogério Ceni estreou com uma boa dose de drama na nova função. E justamente diante de um grande rival sul-americano. Pela semifinal da Florida Cup, o ex-goleiro comandou do banco de reservas o São Paulo no empate por 0 a 0 sobre o River Plate, mas depois viu Sidão brilhar e garantir a classificação nos pênaltis. Agora, Ceni terá um desafio ainda maior na decisão: enfrentar o Corinthians, neste domingo, às 21 horas (de Brasília), em Orlando, nos Estados Unidos.

Com apenas duas semanas de trabalho, Rogério Ceni já mostrou um São Paulo bem organizado taticamente, com velocidade no ataque e muita disputa pela bola. Era isso que ele queria ver no time desde o início e conseguiu colocar na cabeça dos jogadores a importância de ocupar os espaços e ser incisivo na frente.

À beira do campo, tratou de passar instruções aos atletas. Praticamente não reclamou, mesmo quando o time cansou de perder gols na primeira etapa. Antes do apito inicial, fez questão de aplaudir os jogadores. Com a bola rolando, viu Wellington Nem sofrer pênalti.

Enquanto Cueva se preparava para bater, ele chamou os zagueiros Maicon e Breno, e o goleiro Dênis, para acertar posicionamento e conversar sobre a postura do time. O peruano bateu mal e Bologna defendeu, desperdiçando a chance de abrir o placar para o São Paulo logo aos 2 minutos de duelo.

A principal novidade foi o posicionamento de Rodrigo Caio. Atuando na frente da defesa, ele deixou de ser zagueiro e virou um volante, distribuindo as jogadas e iniciando as ações do time. Por ter um bom passe, foi importante para ajudar na saída de bola e ainda foi preciso nos desarmes.

A estratégia era bem clara: roubar a bola para partir em velocidade no ataque. E foi assim que o São Paulo chegou diversas vezes na cara do gol com Chavez, Luiz Araújo e Wellington Nem. Só que o trio de atacantes não estava com a mira afiada. E, antes do intervalo, Buffarini acertou um lindo chute, mas a bola bateu na trave e saiu.

Para a segunda etapa, Rogério Ceni trocou praticamente o time inteiro. Apenas Buffarini ficou por alguns minutos, mas saiu da lateral esquerda e foi para a direita. O esquema tático também mudou. Só Ceni que se manteve da mesma maneira, gesticulando com os jogadores e tentando ajeitar o posicionamento do time a todo momento, sempre participativo.

Só que o rendimento da equipe caiu. No gol, Sidão passou a ser um pouco exigido, mas o ataque criava muito pouco. Rogério Ceni foi mexendo no time, tentando achar uma forma de voltar a ter superioridade no duelo, mas o River Plate equilibrou bastante o jogo e levou a decisão para a disputa de pênaltis. Nas cobranças, Sidão fez bonito, defendeu dois chutes dos rivais e garantiu a vitória por 8 a 7.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 0 (8) x (7) 0 RIVER PLATE

SÃO PAULO – Denis (Sidão); Breno (João Schmidt), Rodrigo Caio (Lucão) e Maicon (Lugano); Bruno (Júnior Tavares), Cueva (Cícero), Thiago Mendes (Wellington)(Araruna), Luiz Araújo (Wesley) e Buffarini (Foguete); Wellington Nem (Neilton)(Shaylon) e Chavez (Gilberto). Técnico: Rogério Ceni.

RIVER PLATE – Bologna; Montiel, Arturo Mina e Facundo Medina; Domingo (Joaquín Arzura), Denis Rodríguez (Ignacio Fernández), Mayada, Iván Rossi (Matías Moya) e Tomás Andrade (Gonzalo Martínez); Rodrigo Mora e Iván Alonso (Alario)(Driussi). Técnico: Marcelo Gallardo.

CARTÕES AMARELOS – Iván Rossi, Joaquín Arzura e Alario (River Plate).

ÁRBITRO – Andrew Musachi (Estados Unidos).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Al Lang Stadium, em St. Petersburg (Estados Unidos).

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