Governador do ES defende vacinação obrigatória, mas diz respeitar Bolsonaro

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou nesta segunda-feira, 14, que é a favor da vacinação obrigatória contra a covid-19. Casagrande esteve no Planalto no período da tarde para uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre projetos de infraestrutura para o Estado e também tratou sobre o plano de imunização do governo.

"Quem não está imunizado pode passar para outra pessoa que às vezes tem algum tipo de fragilidade. Minha posição pessoal é a posição da obrigatoriedade, mas tenho que respeitar a posição do presidente da República", disse ele.

O governador mencionou que Bolsonaro é a favor de uma imunização opcional e reforçou seu posicionamento no encontro desta segunda-feira.

Segundo o governador, Bolsonaro o informou que deve assinar entre esta segunda-feira e a terça-feira a Medida Provisória (MP) para abrir crédito de R$ 20 bilhões para a aquisição dos imunizantes. O <b>Estadão/Broadcast</b> mostrou que a verba deve ser usada para compra de vacinas e seus insumos, além da logística e a comunicação da campanha de imunização.

"O presidente (Bolsonaro) afirmou que está editando uma MP, assinando ou hoje ou amanhã, no valor de R$ 20 bilhões para poder comprar todas as vacinas aprovadas pela Anvisa. Segundo ele, todas e sem exceção", disse o governador.

Casagrande ressaltou que o texto deve ser assinado nesta segunda, de acordo com Bolsonaro, mas a divulgação deve ocorrer até na terça.

O governador disse ainda que não há previsão de que imunizantes sejam requisitados pelo governo federal. "Nenhuma requisição, porque, de fato, não tem razão de requisitar. O Butantan está ofertando a vacina ao governo federal." Casagrande reforçou que o pedido dos governadores é para que o governo federal lidere a coordenação da campanha de vacinação.

No encontro, o líder estadual também pediu para Bolsonaro que o Brasil aprofunde as relações diplomáticas com a Índia para a aquisição de insumos da vacina da AstraZeneca, que no Brasil será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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