As autoridades cubanas reuniram dezenas de milhares de simpatizantes nas ruas neste sábado (17), quase uma semana depois de serem surpreendidas pelos protestos mais generalizados em décadas.
O presidente Miguel Díaz-Canel – acompanhado pelo ex-presidente Raul Castro, de 90 anos – apareceu na avenida Malecón, à beira-mar, que recebeu alguns dos maiores protestos contra a escassez e o sistema político no fim de semana anterior.
Ele fez um discurso apaixonado culpando os Estados Unidos e seu embargo econômico, "o bloqueio, a agressão e o terror", enquanto uma multidão agitava bandeiras cubanas e do Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro durante a Revolução Cubana. "O inimigo voltou para lançar tudo o que tinha para destruir a sagrada unidade e tranquilidade dos cidadãos", disse Díaz-Canel.
Ele terminou sem o tradicional grito de "Pátria ou Morte!" – um slogan ridicularizado na semana passada por manifestantes que gritavam: "Pátria e vida!"
Havana tem voltado ao normal nos últimos dias, mesmo que o serviço de dados de internet móvel – que as autoridades cortaram no domingo – continue limitado.