O governo de São Paulo pretende manter inalterado o volume de investimentos previstos para 2012, de R$ 20 bilhões, apesar dos desdobramentos da crise econômica internacional. A informação é do chefe da Casa Civil paulista, Sidney Beraldo, um dos secretários que participaram, ontem, de reunião com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. No encontro, foi feito um balanço das perspectivas de gastos, economias e investimentos para 2012. O governador paulista não deu entrevista à imprensa, ao término da reunião.
Esta foi a segunda reunião de Alckmin com seu secretariado para definir um cronograma de cortes em gastos de custeio. A primeira foi no final de dezembro. O governador já anunciou que pretende deixar de gastar R$ 2,7 bilhões em custeio até o final de sua gestão. Para 2012, a economia deve chegar a R$ 900 milhões. O corte de gastos tem como objetivo assegurar a capacidade de investimento do governo estadual até 2014, ano em que o tucano deverá disputar a sua reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.
"A cada ano que passa, a capacidade de investimento de São Paulo tem aumentado e isso se manteve em 2011 e agora em 2012 vamos manter os níveis de investimento programado. O governador, mais uma vez, insiste muito no aperto do custeio", disse Beraldo. "Essa crise internacional vai trazer uma queda na arrecadação e um esforço grande para compensar. Se houver a queda, vamos compensar com a redução do custeio e não com a redução do investimento."
Na reunião não foi discutido o provável contingenciamento de cerca de R$ 1,5 bilhão do Orçamento de 2012, que é de R$ 156,6 bilhões. A Secretaria da Fazenda ainda finaliza os ajustes e deve anunciar essa decisão nos próximos dias.