Para atenuar efeitos econômicos da pandemia do coronavírus, o governo do Estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 13, que ofertará R$ 225 milhões em crédito subsidiado, dos quais R$ 200 milhões serão liberados por meio da DesenvolveSP, agência estadual de desenvolvimento, e R$ 25 milhões via Banco do Povo.
"Não vamos esperar a crise terminar para reagir, vamos reagir durante a crise do coronavírus", afirmou, em coletiva de imprensa, o governador João Doria (PSDB), que disse que outras medidas serão anunciadas durante a semana.
O tucano citou, como exemplo, que analisa medidas para estimular a exportação do agronegócio, para aproveitar o câmbio mais alto.
O secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou que, na DesenvolveSP, a taxa de juros mensal será reduzida de 1,43% para 1,2%. O prazo será alargado de 36 para 42 meses e o período de carência vai subir de três para nove meses. O foco da agência será em micro, pequenas e médias empresas.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, informou que, no Banco do Povo, a taxa de juros mensal será de 0,35%, para montantes que podem variar de R$ 200 a R$ 20 mil. Segundo ela, o trabalho do governo vai priorizar os setores mais afetados pela pandemia, como turismo, cultura, economia criativa e transportes aéreos.
Meirelles, da Fazenda, disse ainda que o governo elabora uma estratégia para evitar problemas de abastecimento para a economia paulista, em especial para a importação de componentes utilizados pela indústria. "Não é uma questão hoje, mas poderá vir a ser, então, para que isso não seja um problema para a população, estamos em contato direto com países que enfrentam a doença, para absorver e tirar vantagem das experiências", disse.