O governo do Maranhão, comandado por Flávio Dino (PCdoB), anunciou nesta sexta-feira, 9, ter herdado uma dívida de R$ 1,1 bilhão em dívidas de gestões anteriores e encontrado um saldo de R$ 24 milhões no caixa do Executivo estadual no primeiro dia de gestão. Os números, antecipados ontem pelo Broadcast Político, foram detalhados hoje em entrevista coletiva dos secretários da Casa Civil, Marcelo Tavares, e do Planejamento, Cynthia Mota.
As dívidas do governo maranhense correspondem a quase 10% do orçamento estadual para 2015. Na tentativa de melhorar a situação fiscal do Estado, a nova equipe econômica anunciou um contingenciamento de despesas com custeio de 30%, o que, estimam, representará uma economia da ordem de R$ 800 milhões.
O Estado foi governado de abril de 2009 até o dia 10 do mês passado por Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao cargo em favor do aliado, o deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), que a sucedeu para um mandato-tampão até o final do ano.
O governo já começou um pente fino nos gastos das gestões anteriores e deve anunciar nas próximas semanas mais medidas de aperto fiscal. Já foram suspensos contratos ou não homologadas licitações públicas, como duas concorrências públicas, no valor de R$ 1,1 milhão, para a compra de gêneros alimentícios para abastecer as residências oficias do Executivo estadual.
“O déficit deixado não altera o compromisso do nosso governo em garantir desenvolvimento para o Maranhão”, assegurou o secretário da Casa Civil, ao final de uma entrevista coletiva.