Os ministros de finanças da zona do euro, que formam o Eurogrupo, alertaram que o governo da Grécia precisa executar as reformas prometidas antes de os credores internacionais fornecerem recursos de um terceiro resgate ao país. Pierre Moscovici, comissário da União Europeia para relações econômicas, disse que “o governo grego deve mostrar compromisso com as reformas”.
“A confiança depende da capacidade de o governo grego votar sobre várias leis que mostrarão o compromisso com as reformas”, afirmou Moscovici antes do início da reunião do Eurogrupo desta manhã.
O ministro de Finanças da Áustria, Jans Jörg Schelling, por sua vez, comentou que o movimento agora tem de ser da Grécia. “O financiamento só poderá ser liberado depois que a Grécia tiver agido.”
Alexander Stubb, ministro da Finlândia, declarou que os próximos passos serão dados um de cada vez. “Muitas pessoas parecem ter se precipitado e pensado que o início das negociações (para o novo resgate) é automático”, disse. “Não. O início das negociações é absolutamente condicionado às decisões do Parlamento grego”, acrescentou.
Uma maratona de reuniões durante o fim de semana terminou com um acordo entre os líderes da zona do euro para um terceiro resgate à Grécia. No entanto, o acordo apenas prevê a abertura de novas negociações para liberação de até 86 bilhões de euros ao governo da Grécia depois que o primeiro-ministro Alexis Tsipras começar a implementar duras medidas de austeridade.
O Eurogrupo se reúne novamente nesta manhã para discutir um financiamento de curto prazo que pode permitir que a Grécia evite dar calote em uma dívida de 4,2 bilhões de euros com o Banco Central Europeu (BCE) que vence em 20 de julho. Essa discussão provavelmente será bem difícil, segundo Stubb. “Não vejo muitos países com mandato para fornecer dinheiro sem precondições”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.
