Com o preço do petróleo no mercado internacional em queda nos últimos dias, o governo e aliados no Congresso intensificaram as cobranças à Petrobras para que reduza os preços dos combustíveis. Segundo apurou o <b>Estadão</b>(, a queixa é de que a diretoria da estatal não está repetindo – em outra direção – o movimento "nervoso" que teve ao reajustar o diesel e a gasolina sem esperar os efeitos do teto do ICMS, apesar dos apelos do governo e do Congresso.
Na quinta-feira, enquanto era promulgada a "PEC Kamikaze", com benefícios sociais para atenuar o custo dos combustíveis, e a cotação do barril estava em queda, o presidente Jair Bolsonaro declarava: "Está faltando a Petrobras. Ontem, estava vendo que o preço do Brent tinha caído abaixo de US$ 100. Eu não sei se continua. Se continua, é momento de a Petrobras diminuir preço dos derivados". A cotação, que em março rondara US$ 140, fechou a semana a US$ 101,16.
Ontem, Bolsonaro voltou ao tema, em transmissão nas redes: "Petrolíferas do mundo todo diminuíram a margem de lucro, é o que a gente quer da Petrobras. Isso vai acontecer e sem interferência".
O reajuste mais recente da Petrobras é de 17 de junho, um dia após a convocação de reunião extraordinária do conselho de administração, em pleno feriado. Na ocasião, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a pedir ao então presidente da estatal, José Mauro Coelho, que suspendesse o aumento.
A pressão de Lira envolveu a ameaça de dobrar a tributação da estatal e de outras empresas que tiveram lucros elevados com a alta das cotações. Os parlamentares também discutiram taxar as exportações de petróleo e até mudar a Lei das Estatais. Segundo apurou o <b>Estadão</b>, mudanças na tributação seguem no radar. (Com Broadcast)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>