Drones começarão a ser utilizados em agosto pelo governo federal em trabalhos de fiscalização trabalhista. No mês que vem, auditores fiscais do trabalho do Rio de Janeiro vão usar os aparelhos voadores não tripulados para realizar o monitoramento de locais de difícil acesso, com foco principalmente no combate ao trabalho escravo no meio rural, informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro (SRTE/RJ) já recebeu seis drones, doados pelo Ministério Público do Trabalho por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com uma empresa com irregularidades na área trabalhista.
O coordenador da Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro (SRTE/RJ), Bruno Barcia Lopes, alerta que o drone não substituirá a presença do fiscal, mas será útil em situações como, por exemplo, quando for encontrada uma fazenda com porteira fechada. Os drones também poderão ser utilizados na localização de barcos de pesca e na checagem de grandes obras.
No primeiro momento, os equipamentos serão utilizados em fase de testes, pois a utilização desse equipamento ainda não é regulada no País. Acoplada a cada drone modelo “Inspire 1” há uma câmera apta a fotografar e filmar com resolução de 4K (Ultra HD). Os voos têm duração aproximada de 20 minutos, com alcance de aproximadamente dois quilômetros e a cerca de 70 metros de altura.
Nesta quarta-feira, 22 foi encerrada a capacitação de sete auditores fiscais do trabalho para operação do equipamento. O curso ocorreu na sede da SRTE/RJ, no Centro do Rio.
O MTE defende que pelo menos um dos drones seja doado à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atua em parceria com os fiscais do trabalho no combate ao trabalho escravo rural e urbano. Por este motivo, policiais também foram convidados a participar do treinamento.