O baixo desempenho da indústria de transformação em 2012 foi o principal responsável pelas perdas de participação no PIB brasileiro de São Paulo, que passou de 11,6% para 11,4%, Manaus, de 1,2% para 1,1% e São Bernardo do Campo (SP), de 0,9% para 0,8%. Guarulhos, porém, manteve 1,0% de participação e o nono posto no Brasil.
A capital paulista se manteve como o município que gerou mais renda no país, seguido por Rio de Janeiro (com 5,0% do PIB nacional) e Brasília (3,9%), ambos com perda de 0,1 ponto percentual em relação a 2011. Em cinco anos, a perda de participação de São Paulo chega a 0,4 ponto percentual. Goiânia (de 0,67% para 0,69%) e Aracaju (de 0,22% nos dois anos) subiram uma posição no ranking das capitais, ultrapassando Vitória (de 0,68% para 0,65%) e Porto Velho (de 0,23% para 0,22%), respectivamente.
Por outro lado, os preços da indústria extrativa apresentaram crescimento significativo. Consequentemente, os municípios cujas economias estavam vinculadas às commodities minerais tiveram ganho de participação superior ao daqueles com indústria diversificada. Foi o caso de Campos dos Goytacazes, cuja participação no PIB nacional passou de 0,9% em 2011 para 1,0% em 2012, Cabo Frio (de 0,23% para 0,28%), Rio das Ostras (de 0,22% para 0,26%), Macaé (de 0,30% para 0,33%) – todos no Rio de Janeiro – e Presidente Kennedy (de 0,10% para 0,12%), no Espírito Santo. Este último se manteve como o maior PIB per capita do país em 2012 (R$ 511.967,24), enquanto o menor foi Curralinho (R$ 2.720,32), no Pará.
Além disso, a geração de renda permaneceu concentrada em 2012, com 5,8% dos municípios (324 dos 5.565) respondendo por 75% do PIB. Destes, seis capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus – correspondiam a 25% do PIB brasileiro. Entretanto, a participação relativa do conjunto das capitais (33,4%)foi a menor de toda a série histórica, iniciada em 1999.
Em 2012, as regiões Norte e Nordeste continuaram se caracterizando por uma dependência dos estados em relação às capitais, sendo a principal verificada no Amazonas: Manaus contribuiu com 77,7% do PIB estadual. A menor dependência ocorreu em Santa Catarina, onde Florianópolis participava com 7,1% da geração de renda estadual. Esta é a única capital fora da primeira posição em seu estado. Itajaí (11,1%) ocupava a primeira posição, seguido de Joinville (10,3%).
O Produto Interno Bruto dos Municípios 2012, projeto desenvolvido em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), traz informações sobre a participação dos municípios no PIB nacional e de seus respectivos estados, PIB per capita, além de dados sobre os três grandes setores da atividade econômica (indústria, agropecuária e serviços).